Sob a dolorosa impressão do ultimato inglês de 1890, Alfredo Keil compôs a música e Lopes de Mendonça escreveu a letra da "Portugueza" que a Nação adoptou como hino de desafronta e resposta ao ultraje de que fomos vítimas, em virtude da absurda política dos governos da monarquia. Mais tarde, com a proclamação do regime republicano, em 1910, ela foi adoptada como hino nacional para todos os portugueses.
O Hino Nacional: A Portuguesa
Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal
Levantai hoje de novo,
O esplendor de Portugal
Entre as brumas da memória
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós
Que há-de guiar-te à vitória.
Às armas! Às armas!
Sobre a terra e sobre o mar!
Às armas! Às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões marchar,
marchar!
Desfralda a invicta bandeira
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira
Portugal não pereceu!
Beija o solo teu jucundo
O oceano a rugir d'amor;
E o teu braço vencedor
Deu novos mundo ao Mundo!
Às armas! Às armas!
Sobre a terra e sobre o mar!
Às armas! Às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões marchar,
marchar!
Saudai o sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco d'uma afronta
O sinal de ressurgir;
Raios d'essa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte
Às armas! Às armas!
Sobre a terra e sobre o mar!
Às armas! Às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões marchar,
marchar!
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