Sol Nascente, n.º 11, 21 de Janeiro de 1915, p. 3."Os Ultimos AcontecimentosNa noite de 19 para 20 do corrente desenrolaram-se em Lisboa certos factos de caracter grave, e verdadeiramente lamentaveis nesta ocasião. Foi o caso de alguns oficiaes de diferentes regimentos da guarnição de Lisboa, planearam, e tentavam executar pá, um movimento que, digam o que disserem, era contra a tranquilidade da Republica". Uns dizem que era simplesmente uma questão de solidariedade, pelo motivo da transferencia de um oficial (...). Outros, que andavam talassas... na costa, não só porque alguns dos oficiaes revolucionados eram monarquicos, como tambem porque muitos cabecilhas realistas se aproximaram, nos ultimos dias, da fronteira, transpondo-a alguns até. E outros, finalmente, que se tratava de um movimento parecido com um golpe de Estado para deitar abaixo o actual governo. (...) Mas quer-nos parecer que, fazendo o jogo dos monarquicos, andavam no caso republicanos despeitados, na mira de obterem pela força o que não possuem constitucionalmente. (...). Seja como fôr, o certo é que o governo tomou acertadas medidas para reprimir desordens (...), e porisso de todo o paiz lhe têm dirigido aplausos e saudações. Dos oficiaes foram presos uns 50."
sábado, 20 de março de 2010
Jornal "Sol Nascente"
Em 20 de Janeiro de 1915, teve lugar o denominado "Movimento das Espadas", protesto de parte da oficialidade encabeçado por Machado Santos, que dará origem à queda do Governo de Víctor Azevedo Coutino e à instauração da ditadura do general Pimenta de Castro. Relativamente a este movimento, o jornal "Sol Nascente" escreve:
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