sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Entrevista ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Mortágua

Tiago:
- Pretendíamos que o Sr. Presidente nos informasse sobre as actividades que o Município está a promover no âmbito da Comemoração do Centenário da República, para que as possamos divulgar no nosso blogue, e quais as acções que a Câmara irá desenvolver com as escolas.
Dr. Afonso Abrantes:
- Neste momento ainda estamos em fase de elaboração do programa, sendo certo que já temos duas actividades agendadas em que estamos a trabalhar:
Uma exposição sobre a República, vista na prespectiva local, procurando dar a conhecer figuras e factos. Esta exposição acontecerá, em princípio, a partir do dia do Município (13 de Maio).
Estamos também a fazer o possível para, na sessão solene do município, ter a presença do Professor  Doutor Romero Magalhães, da Universidade de Coimbra, para fazer uma conferência sobre o tema. Numa homenagem às figuras republicanas de Mortágua, estamos a preparar a edição de uma publicação sobre Manuel Ferreira Martins de Abreu, da responsabilidade do professor Romero Magalhães  para o dia do Municipio.
Tiago:
- Qual a figura do Município ligada à República a que gostaria de dar particular destaque?
Dr. Afonso Abrantes:
- Entre as figuras que nós temos, algumas tiveram destaque a nível nacional, como Tomás da Fonseca e José Lopes de Oliveira, mas também há outras figuras que, apesar de não serem muito conhecidas, não devem ser esquecidas.
O que mais se destaca por não ter nenhuma formação académica é o Manuel Ferreira Martins de Abreu, que era uma figura  intrépida e aguerrida. Todas as "guerras" que ele travou foram centradas mais localmente, no poder autárquico e não tanto a nível partidário. Sem formação académica... João Chagas refere-se a ele que há muito não lia nada tão interessante para além de Camilo, pela vivacidade com que escrevia.
 Tiago:
- Pretende mencionar mais algum aspecto que considere relevante?
Dr. Afonso Abrantes:
- Sendo Mortágua considerada, ao tempo, a mais republicana das vilas de Portugal, não posso deixar de ficar satisfeito que os jovens e a escola estejam a dar atenção a estas comemorações do 1.º Centenário da República, nomeadamente pesquisando sobre factos e personalidades locais. Conhecer o passado é estar a olhar para o futuro! É muito importante que se faça isso.  
                                                                        
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