Afonso Augusto de Costa nasceu em
Seia a 6 de Março de 1871. Fez o curso Secundário na Guarda e no Porto e
licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra em 1895. Ainda
estudante publicou um artigo contra o Ultimato, tendo por isso sido
julgado em 1890.
No ano seguinte à sua licenciatura
venceu o concurso para Lente Catedrático e passou a leccionar na
Faculdade de Direito de Coimbra, acumulando o cargo com o exercício da
advocacia. Nessa época destacava-se já como orador na defesa dos ideais
republicanos. Em 1900 foi eleito deputado do Partido Republicano
Português, pelo círculo do Porto. Voltou ao Parlamento em 1906, desta
vez como deputado por Lisboa, onde se distinguiu no combate às
instituições monárquicas.
Em 1908 envolveu-se na tentativa de revolução, tendo sido preso.
Depois do regicídio voltou ao
Parlamento onde os seus discursos ficaram célebres. Com a Implantação da
República assumiu o cargo de Ministro da Justiça tendo sido responsável
por um importante conjunto de leis como a da Separação da Igreja do
Estado, as Leis da Família e as do Registo Civil.
Em 1911 foi o líder de uma cisão do
Partido Republicano Português, fundando o Partido Democrático e o jornal
O Mundo. Assumiu o cargo de Presidente do Ministério (1º Ministro) em
três períodos: Janeiro de 1913 a Fevereiro de 1914; Novembro de 1915 a
Março de 1916; Abril de 1917 a Dezembro de 1917.
Em 1914 defendeu a participação de Portugal na 1ª Guerra Mundial.
Em 1917, durante a ditadura de
Sidónio Pais foi preso durante 110 dias. Quando saiu da prisão,
exilou-se em Paris, e apesar de viver no estrangeiro, foi nomeado
presidente da delegação portuguesa na Conferência de Paz de Versalhes e
mais tarde presidente da delegação portuguesa junto da Sociedade das
Nações.
Afonso Costa permaneceu em Paris até morrer em 1937.
Biografia disponível no site do Centenário da República - República nas escolas
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