António Maria da Silva nasceu em
Lisboa em 1872. Tirou o curso de Engenharia de Minas na Escola do
Exército que concluiu em 1892, tendo sido nomeado em 1895, engenheiro
ajudante do Ministério das Obras Públicas.
Filiado no Partido Republicano
Português (PRP), e membro da Carbonária, de que se tornou um dos
principais dirigentes, a sua actividade política foi exercida à margem
da lei, conspirando por métodos revolucionários para derrubar a
monarquia. Tendo sido descoberto exilou-se em Espanha de onde voltou
para participar na revolução falhada de 28 de Janeiro de 1908.
Manteve sempre actividade
revolucionária, e foi uma das figuras principais na preparação da
Revolução de 5 de Outubro de 1910, com o Almirante Cândido dos Reis,
Machado Santos, Miguel Bombarda e outros dirigentes do PRP, da Maçonaria
e da Carbonária.
Depois da proclamação da República
foi nomeado director-geral dos Correios e Telégrafos e secretário-geral
do Ministério do Fomento. Em 1913, foi eleito para a Assembleia Nacional
Constituinte, reunindo à sua volta um núcleo que se chamou Grupo
Independente e que em 1914 se integrou no PRP. Nessa altura já assumiu o
cargo de Ministro do Fomento (correspondente ao actual Ministro da
Economia).
Durante a ditadura de Pimenta de
Castro foi suspenso do seu lugar de secretário-geral dos Correios e
juntamente com Sá Cardoso, Freitas Ribeiro e Álvaro de Castro fundou a
Junta Revolucionária que levou a cabo o movimento de 14 de Maio de 1915.
Nesse mesmo ano Afonso Costa encarregou-o novamente da pasta do
Fomento, cargo que manteve até Março de 1916, transitando depois para o
Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
Com a saída de Afonso Costa do
governo, António Maria da Silva tornou-se chefe do partido Democrático e
veio a ser Presidente do Ministério, por seis vezes.
Fonte: Centenário da República
Fonte: Centenário da República
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