domingo, 15 de maio de 2011
Canto e Castro
João do Canto e Castro da Silva Antunes nasce em Lisboa a 19 de Maio de 1862. É filho de José Ricardo da Costa Silva Antunes e de Maria da Conceição do Canto e Castro Mascarenhas Valdez. Em 1891 casa com Mariana de Santo António Moreira Freire Correia Manuel Torres d'Alvim, de quem três filhos. Sofrendo desde cedo de angina de peito, morre a 14 de Março de 1934 e vai a enterrar no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.
Percurso profissional
Canto e Castro começa a sua carreira militar na Marinha como aspirante na Real Escola Naval. Em 1892 dá início à carreira na administração colonial, sendo nomeado governador de Lourenço Marques e depois governador de Moçâmedes. Em 1912 pretende abandonar a Marinha e monta um negócio de comissões e consignações, mas sem êxito. No ano seguinte recebe a missão para se deslocar a Macau e aí assumir o comando do cruzador Adamastor. Em Julho de 1915, é promovido a capitão-de-mar-e-guerra e nomeado comandante da Escola Prática de Artilharia Naval. Em Dezembro de 1917, após ocupar o cargo de director dos Serviços de Estado Maior Naval, é designado para elaborar um plano de melhoramento da defesa do litoral português de ataques dos submarinos alemães.
Percurso político
Em 1908, no último Parlamento da Monarquia, é eleito deputado, dedicando-se particularmente à reorganização das Forças Navais. Com o presidencialismo do regime sidonista, no qual os ministros eram designados por secretários de Estado, depois de muito instado, toma posse como secretário de Estado da Marinha a 9 de Setembro de 1918.
Mandato presidencial
Apesar de monárquico convicto e assumido, a eleição de Canto e Castro processa-se de acordo com as regras da Constituição de 1911, repostas após a rotura sidonista. O seu mandato é marcado por constantes revoltas e tentativas de restauração monárquicas, bem como pela atribuição do poder de dissolução do Congresso ao Presidente da República. A 5 de Outubro de 1919, passa o testemunho a António José de Almeida e depois da presidência, por proposta de Rocha e Cunha, ministro da Marinha, é promovido a almirante. Pouco depois, após ser designado para chanceler da Ordem da Torre e Espada, ocupa o cargo de presidente do Conselho Superior de Disciplina da Armada. No dia 30 de Setembro de 1932, passa à situação de reforma.
Fonte: Museu da Presidência da República
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