Albano Moraes Lobo morre tragicamente no dia 26 de Janeiro de 1913, no exercício do cargo de administrador do concelho, quando se dirigia de bicicleta à povoação de Sula, para ver uma fonte que supostamente teria propriedades terapêuticas.
A notícia do seu falecimento foi assim relatada pelo jornal Sul da Beira, "Semanário democrático, literário e noticioso", ano 2.º, n.º 62, de 30 de Janeiro de 1913:
A notícia do seu falecimento foi assim relatada pelo jornal Sul da Beira, "Semanário democrático, literário e noticioso", ano 2.º, n.º 62, de 30 de Janeiro de 1913:
“Nas faldas da Serra do Bussaco, próximo à povoação Sula, existe uma fonte d´onde brota a mais fina água e que, segundo nos informam, possue propriedade terapêuticas muito superiores ás aguas do Luso.Como há alguém que se propõe a explorá-las, oferecendo à Câmara d`este concelho uma renda anual de algumas centenas de escudos, aquele resolveu ir ali em vistoria, cujo dia marcado foi o de domingo, 26 do corrente. Fatal dia esse, que ficará gravado na memória do povo de Mortágua!Pelas 9 horas, pouco mais ou menos, de esse dia, saíram, d`esta vila, em bicicleta, Albano Lobo, como administrador do concelho e José Ferreira Afonso, vice presidente da Câmara, em direcção áquele local, onde os esperavam os srs. Augusto Simões Nunes de Souza, presidente da Câmara e António de Souza e Silva, vereador.Ao chegarem à altura do Barracão da Castanheira, a 8 km de esta vila, Albano Lobo, que já antes d`isso se tivera queixado, sentindo-se n`esse momento, fortemente incomodado, tentou descer da bicicleta, mas uma síncope prostrou-o imediatamente para não mais se levantar”.
Relata o Jornal que de imediato se procurou auxílio, tendo José Ferreira Afonso se dirigido a Mortágua a chamar um médico. O óbito foi confirmado no local pelos Drs. Aureliano Maia e Augusto Gouveia. A notícia da sua morte espalhou-se depressa e causou uma consternação geral na população do concelho, que o tinha em grande estima e consideração. No seu funeral incorporaram-se mais de duas mil pessoas! O comércio esteve encerrado o dia todo, bem como as repartições públicas, e a bandeira nacional do edifício da Câmara, a meia haste. Em sua homenagem, uma das ruas da Vila de Mortágua tem o seu nome.
Cortesia de Biblioteca Municipal de Mortágua e CMM
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