sexta-feira, 29 de junho de 2012

António Maria da Silva

António Maria da Silva nasceu em Lisboa em 1872. Tirou o curso de Engenharia de Minas na Escola do Exército que concluiu em 1892, tendo sido nomeado em 1895, engenheiro ajudante do Ministério das Obras Públicas.
Filiado no Partido Republicano Português (PRP), e membro da Carbonária, de que se tornou um dos principais dirigentes, a sua actividade política foi exercida à margem da lei, conspirando por métodos revolucionários para derrubar a monarquia. Tendo sido descoberto exilou-se em Espanha de onde voltou para participar na revolução falhada de 28 de Janeiro de 1908.
Manteve sempre actividade revolucionária, e foi uma das figuras principais na preparação da Revolução de 5 de Outubro de 1910, com o Almirante Cândido dos Reis, Machado Santos, Miguel Bombarda e outros dirigentes do PRP, da Maçonaria e da Carbonária.

terça-feira, 26 de junho de 2012

República e Laicidade

Site com uma riquíssima base documental sobre os temas da República e a Laicidade.

Proclamação da República em Beijós - Viseu

Em Beijós, aldeia (sede de freguesia) situada na estrada que vai de Carregal do Sal a Viseu (via Sangemil), a 12 Km de Carregal do Sal (sede do concelho), no distrito de Viseu, a então recém implantada República Portuguesa foi proclamada a 16 de Outubro de 1910 e esse ato mereceu o ajuntamento popular que a foto documenta. Aparentemente, o interesse pelas coisas da República em Beijós não será alheio a um tal abade Pais Pinto, revolucionário republicano que ainda hoje é recordado na toponímia da principal rua da localidade e que [alegadamente] esteve diretamente envolvido na revolta que teve lugar a 31 se janeiro de 1891, no Porto.

Afonso Costa

 Afonso Augusto de Costa nasceu em Seia a 6 de Março de 1871. Fez o curso Secundário na Guarda e no Porto e licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra em 1895. Ainda estudante publicou um artigo contra o Ultimato, tendo por isso sido julgado em 1890.
No ano seguinte à sua licenciatura venceu o concurso para Lente Catedrático e passou a leccionar na Faculdade de Direito de Coimbra, acumulando o cargo com o exercício da advocacia. Nessa época destacava-se já como orador na defesa dos ideais republicanos. Em 1900 foi eleito deputado do Partido Republicano Português, pelo círculo do Porto. Voltou ao Parlamento em 1906, desta vez como deputado por Lisboa, onde se distinguiu no combate às instituições monárquicas.
Em 1908 envolveu-se na tentativa de revolução, tendo sido preso.
Depois do regicídio voltou ao Parlamento onde os seus discursos ficaram célebres. Com a Implantação da República assumiu o cargo de Ministro da Justiça tendo sido responsável por um importante conjunto de leis como a da Separação da Igreja do Estado, as Leis da Família e as do Registo Civil.
Em 1911 foi o líder de uma cisão do Partido Republicano Português, fundando o Partido Democrático e o jornal O Mundo. Assumiu o cargo de Presidente do Ministério (1º Ministro) em três períodos: Janeiro de 1913 a Fevereiro de 1914; Novembro de 1915 a Março de 1916; Abril de 1917 a Dezembro de 1917.
Em 1914 defendeu a participação de Portugal na 1ª Guerra Mundial.
Em 1917, durante a ditadura de Sidónio Pais foi preso durante 110 dias. Quando saiu da prisão, exilou-se em Paris, e apesar de viver no estrangeiro, foi nomeado presidente da delegação portuguesa na Conferência de Paz de Versalhes e mais tarde presidente da delegação portuguesa junto da Sociedade das Nações. 
Afonso Costa permaneceu em Paris até morrer em 1937.

Biografia disponível no site do Centenário da República - República nas escolas