quarta-feira, 25 de abril de 2012

Otiumlivraria - livros de Tomás da Fonseca


Na homepage pode ler-se: "Somos uma empresa jovem, fundada em 2005, que se dedica ao livro. Não apenas ao seu comércio, mas ao seu estudo, investigação e valorização. Portanto, mais do que um negócio, a nossa relação com o livro reflecte uma atitude de culto, de cuidado, de dedicação. E por isso procuramos servir da melhor maneira aqueles que partilham connosco esta disposição. Mais do que clientes, são, em toda a acepção, “companheiros nas letras”, amigos dos livros e nos livros."
Clicando em Leilões, números 31 e 32, acedemos a autênticas relíquias do mortaguense Tomás da Fonseca.

Livros proibidos de Tomás da Fonseca

O jornal Expresso publicou uma relação de 900 livros proibidos nos anos da ditadura de Salazar e Caetano (1933-1974), que pode ser consultada aqui.
A lista é composta exclusivamente por títulos de edição portuguesa, não incluindo obras brasileiras ou de qualquer outra proveniência. É também apresentada a data da edição ou da proibição a que respeita a
obra mencionada. A data de 1933 corresponde à publicação do Decreto n.º 22 469 de 11 de abril de 1933 que vem instituir a censura prévia também aos livros. No total são 900 títulos que constituem a maior recolha jamais realizada no âmbito da censura literária em Portugal.
Durante o Estado Novo, muitos dos livros do mortaguense Tomás da Fonseca foram também proibidos, e que constam da relação acima referida.
Eis alguns títulos:
Agiológico Rústico. I - Santos da minha terra - 1957
 Águas Novas,1950
 

 Águas Passadas, 1950

 
  Bancarrota, 1962
As Congregações e o Ensino, 1924
O Diabo no Espaço e no Tempo, 1958
 Ensino Laico: educação racionalista e acção, 1923
Filha de Labão, 1960
 A mulher, chave do céu ou porta do inferno?, 1960
O Santo Condestável, 1932

terça-feira, 10 de abril de 2012

Jornais de Penacova: 110 anos de história

Transcrevemos o interessante artigo de David Almeida, publicado no Penacova Online sobre a história dos jornais de Penacova, da Monarquia à Primeira República e até à atualidade.

"É no século XIX que se dá o grande impulso do jornalismo em Portugal. A liberdade de imprensa é consagrada na Constituição de 1822. Antes da queda da Monarquia nascem os grandes clássicos do jornalismo escrito português como o Diário de Notícias (1864), O Primeiro de Janeiro (1869), O Comércio do Porto (1854) e O Século (1881). Também a nível local e regional muitos periódicos começam a ser publicados. Em Penacova, foi em 1901 que o concelho viu surgir o primeiro jornal. Considerando os 110 anos decorridos, são oito os títulos que ficam para a história: o Jornal de Penacova, A Folha de Penacova, Ecos de S. Pedro de Alva, O Progresso Lorvanense, A Voz de S. Pedro de Alva e o Notícias de Penacova, Nova Esperança e Jornal de Penacova (1997).
JORNAL DE PENACOVA: O primeiro periódico a ser publicado em Penacova foi, como já referimos o Jornal de Penacova. Surgiu a 1 de Setembro de 1901. À sua fundação estão associados nomes como Joaquim Correia de Almeida Leitão, Júlio Ernesto de Lima Duque e Alberto Carrapatoso. No primeiro editorial escreve-se que Penacova não podia ''permanecer sequestrada dos embates do pensamento'' e afastada do ''progresso social que movimenta o vestíbulo do século XX, inundando de luz intensa a aurora secular que desponta''. Ao longo da sua existência (1901-1937) o Jornal de Penacova assumiu diversas tendências políticas. Inicialmente afecto ao Partido Progressista, ganhará a partir de 1908 uma inequívoca feição republicana. Em Dezembro de 1907, Amândio dos Santos Cabral, chegado de S. Paulo,''compra'' o jornal, e define um ''Novo Rumo" declarando "guerra aberta com a monarquia e o ultramontanismo." Em Janeiro de 1914, ainda com Amândio Cabral, como director e redactor principal, apresenta-se como ''Semanário Republicano Evolucionista'', numa identificação clara com a orientação política de António José de Almeida.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Religião, República, Educação, de Tomás da Fonseca

Religião, República, Educação é uma antologia essencial para aprofundar a extensa e impressionante produção literária do republicano e visceralmente anticlerical Tomás da Fonseca. A diversidade de forma e de fundo que os seus textos ostentam coaduna-se, porém, com a emergência de três temas fundamentais e absolutamente complementares na obra do autor: a ideologia religiosa, política e educativa.

Organização e prefácio
Luís Filipe Torgal

José Tomás da Fonseca (1877-1968), republicano intrépido e recalcitrante, hostil à Igreja Católica e ao regime autoritário e «catolaico» do Estado Novo, bateu-se até ao fim da vida pelos ideais em que sempre acreditou e esteve na linha da frente do arriscado confronto político e religioso.
Via Antígona