segunda-feira, 21 de junho de 2010

Vencedor do Concurso "A T-Shirt do Centenário da República no Agrupamento de Escolas de Mortágua"

Dos dois trabalhos vencedores do Concurso foi seleccionada a ilustração de Pedro Gonzalez, aluno do 5.º ano, que apresentou uma caricatura do patrono da nossa Escola - o republicano José Lopes de Oliveira. A direcção do Agrupamento de Escolas de Mortágua apoiou esta iniciativa, mandando fazer T-shirts para toda a comunidade escolar, que foram distribuídas no último dia de aulas, 18 de Junho, durante as actividades de encerramento do ano lectivo.

domingo, 20 de junho de 2010

Exposição "Sentir a Terra - Mortágua Republicana"

A Exposição “Sentir a Terra – Mortágua Republicana”, inaugurada no dia do Município, a 13 de Maio de 2010, e que esteve patente no Centro de Animação Cultural de Mortágua até meados de Junho, constituiu um contributo essencial para a divulgação e compreensão da acção política, social e cultural, na defesa e promoção dos ideais republicanos, de algumas das figuras republicanas de Mortágua, tais como José Tomaz da Fonseca, José Lopes de Oliveira, Basílio Lopes Pereira, Manuel Ferreira Martins e Abreu, Augusto Simões de Sousa e Albano Moraes Lobo.

República em Mortágua entrevistou a  Dra. TERESA BRANQUINHO, responsável da Biblioteca Municipal de Mortágua.

Quando e como surgiu a ideia da Exposição “Sentir a Terra - Mortágua Republicana”?
A ideia surgiu no âmbito da Comemoração do Centenário da República. Como Mortágua era considerada ao tempo “a vila mais republicana da Beira Alta”, pensámos em fazer algo relacionado com a vida dos republicanos mortaguenses. Primeiramente deparámo-nos com o livro “Álbum Republicano”, cedido por um particular, em que aparecem cinco dos seis republicanos evocados nesta Exposição. A partir daí, começámos a fazer pesquisas nos jornais da época, em livros, etc.

De quem partiu a iniciativa da Exposição?
A iniciativa partiu do Senhor Presidente da Câmara, Dr. Afonso Abrantes, tendo-se constituído um grupo de trabalho, que, no âmbito do Programa de Actividades do Município para 2010, planeou este evento.

Quais os republicanos mortaguenses evocados na Exposição e o porquê dessa escolha.
A Exposição é dedicada a Augusto Simões de Sousa, Manuel Ferreira Martins e Abreu, Albano Moraes Lobo, José Tomaz da Fonseca, José Lopes de Oliveira e Basílio Lopes Pereira.
Optámos por estas personalidades uma vez que dispúnhamos de mais informações sobre eles (em jornais, livros, cartas e outros documentos). Todos eles tiveram uma acção política importante a nível local e mesmo a nível nacional, antes e após a Implantação da República.Por exemplo, Tomaz da Fonseca foi chefe de gabinete do Ministério de Teófilo Braga e deputado da Assembleia Constitucional, em 1911; em 1916, foi eleito Senador pelo distrito de Viseu. José Lopes de Oliveira fez parte do Directório do Partido Republicano Radical e foi convidado para Ministro do Governo Provisório, cargo que recusou. Foi Chefe de Gabinete da Presidência do Ministério, em 1921. Manuel Martins e Abreu, ainda no tempo da Monarquia, foi eleito Vereador independente para a Câmara Municipal de Mortágua e, em 1911, foi nomeado Administrador do Concelho de Mortágua.
Augusto Simões de Sousa foi Presidente da Comissão Municipal Republicana de Mortágua, antes da implantação da República, sendo também eleito Presidente da Câmara de Mortágua, em 1895, quando regressou do Brasil. Após a implantação da República foi nomeado Administrador do Concelho.Basílio Lopes Pereira e Albano Moraes Lobo desempenharam o cargo de Administradores de Concelho de Mortágua. Basílio Lopes Pereira fazia parte de uma família ligada à República.

Por favor, explique-nos como está organizada a exposição e quais as secções que a compõem.
O rés-do-chão é dedicado às seis personalidades republicanas de que falei.
Numa vitrina encontram-se expostos os livros com as primeiras actas da Câmara Municipal de Mortágua, após a implantação da República, nas quais são referenciados Augusto Simões, Martins e Abreu, Albano Lobo, entre outros. Uma bandeira de República da época, bordada à mão, que terá sido hasteada na Câmara, encontra-se numa parede, em lugar de destaque.Temos a seguir uma mesa envidraçada com os jornais locais da época - o Sol Nascente e o Sul da Beira, e também o Jornal nacional República, de 22 de Abril de 1912, onde se lê o artigo sobre o Manuel Martins e Abreu intitulado “Um Cavador pregando e defendendo a República nas Montanhas”, de Tomaz da Fonseca. Uma outra mesa expõe obras de alguns dos republicanos de Mortágua e livros relacionados com a República em Mortágua. Citamos alguns: de Tomaz da Fonseca - Memórias do Cárcere, publicado em 1919, e Memória de um Chefe de Gabinete de 1949, com prefácio de José Lopes de Oliveira. Do Lopes de Oliveira, destacam-se A Justiça e o Homem, de 1905, e A Actual situação Política, de 1907. Do Manuel Martins e Abreu - O Meu Voto nas Próximas Eleições, de 1906, e A República na Beira Alta, de 1913. Nesse expositor podemos ainda observar outros livros que evocam a República em Mortágua: Álbum Republicano, de 1908, que apresenta uma panóplia de retratos dos republicanos a nível nacional, e também dos nossos republicanos mortaguenses, à excepção do Basílio Lopes Pereira, acompanhados com uma breve descrição biográfica dos mesmos; no livro Constituintes de 1911 e seus Deputados, na página 56, aparece o retrato de José Tomaz da Fonseca eleito pelo círculo de Viseu; Homenagem Propagandística da República, com a representação de centenas de republicanos portugueses, incluindo os republicanos mortaguenses (um autêntico quebra-cabeças para os identificar!); e o Almanaque da República, de 1913. Além dos livros, podemos visualizar cartas e outros documentos manuscritos, como por exemplo uma carta de Augusto Simões ao pai de Albano Lobo, ou um caderno manuscrito, com lições de Aritmética, Geometria…, de Martins e Abreu. No rés-do-chão destaca-se o grande painel verde e vermelho, com as figuras dos seis republicanos mortaguenses, aludindo à Bandeira Nacional.Noutra parede estão expostas painéis com geologias dos republicanos evocados na Exposição. É dado destaque ao busto da República, estando expostas várias peças.
No centro da sala encontra-se a esfera armilar em metal, obra de um artista da Felgueira. No primeiro andar, na secção “Redescoberta de Memórias”, estão expostos documentos diversos: cartas, artigos de jornais (por exemplo, a notícia da morte do Albano Lobo no jornal Sul da Beira), artigos de Martins e Abreu no jornal brasileiro Oitavo Distrito, convocatórias das reuniões do Partido Republicano em Mortágua, entre outros. Como um dos lemas da República era a Educação, uma das secções da Exposição é dedicada à Escola Livre da Irmânia (Marmeleira) e à Escola Livre de Mortágua, em que se destacaram, respectivamente, Basílio Lopes Pereira e Albano Lobo.
No salão do primeiro andar expõem-se materiais que contextualizam e evocam o quotidiano da Primeira República a nível nacional e local: jornais da época, como O Mundo e a República; objectos decorativos e propagandísticos - uma travessa de cerâmica, um quadro de 1910, feito com um lenço, cinzeiros de Rafael Bordalo Pinheiro; quadros alusivos à República, desenhados pelo mortaguense António Barbosa, também ele republicano. No fundo da sala encontra-se um grande painel em papel de cenário, com a representação da simbologia da República, em que predominam as cores verde e vermelha, pintado por uma funcionária da Biblioteca Municipal.Do lado esquerdo da sala deparamo-nos com uma mesa com objectos ligados à leitura e à comunicação: uns óculos, um telefone e outros testemunhos identificativos da época.

Relativamente ao espólio documental da exposição, teve dificuldade na sua angariação?
Existia algum espólio na Biblioteca Municipal e no Arquivo da Câmara Municipal (livros de actas, jornais da época, livros de alguns autores e outros documentos). Consultámos o Arquivo da Universidade de Coimbra, onde obtivemos informações sobre Basílio Lopes Pereira e Lopes de Oliveira, que estudaram nesta Universidade. Obtivemos também documentação na Conservatória do Registo Civil de Viseu. Contactámos pessoas da terra e familiares destes republicanos e assim conseguimos espólios de particulares - cartas, livros, objectos diversos -, os quais foram gentilmente cedidos para a Exposição. Saliento ainda que tivemos ajuda na identificação nas fotos destes republicanos e de seus familiares.

Quais as conclusões que considera pertinentes sobre a importância do conteúdo da Exposição para a comunidade escolar e local?
Os visitantes manifestaram grande interesse, colocaram muitas questões no intuito de saber mais sobre as personalidades republicanas mortaguenses. Os mais jovens estiveram igualmente envolvidos, e um dos “actores” que incorporou a personalidade de Augusto Simões de Sousa, ao visitar a Exposição com o pai, proferiu a seguinte frase: ”Ó pai, eu sou este!”, dirigindo-se ao painel central e apontando para a referida personalidade. Isto reflecte o entusiasmo dos jovens pelo “papel” que representaram…

Podia-nos ainda falar sobre o filme que foi exibido no átrio de entrada?
O filme constitui um complemento da Exposição. Há uma sequência lógica na apresentação de cada um dos republicanos: em primeiro lugar, surge a foto da personalidade; de seguida, fotos de locais onde nasceram ou viveram; depois colocámos palavras que reflectem os ideais desses republicanos; finalmente - pequenos textos da autoria desses republicanos, como por exemplo: uma carta de Basílio Lopes Pereira, enviada da cadeia para um amigo. No caso do Dr. José Lopes de Oliveira, um excerto do discurso “A Actual Situação Política”, de 1907.

O livro de Honra reflecte o impacto que a Exposição teve na comunidade escolar e local. Fale-nos das opiniões aí registadas.
As opiniões registadas no Livro de Honra reflectem o empenho e dedicação manifestados pela equipa que organizou a Exposição. O nosso trabalho é amplamente elogiado, pelo que nos congratulamos pelo impacto que a Exposição teve a nível escolar e local.
Eis algumas transcrições do Livro de Honra:

- “Boa iniciativa. Parabéns!”
- “Estava muito interessante e criativa. Parabéns pelo trabalho realizado.”
- “Gostámos muito da Exposição. Estava bem organizada, criativa e interessante. Foi bom conhecer estas figuras ilustres, que lutaram pelos ideais republicanos: liberdade, justiça, fraternidade, igualdade…”
- “Às vezes vivem-se momentos de uma verdadeira revolução. Muitos parabéns! Está impecável, bonita… e VIVA A REPÚBLICA!”
- “É sempre bonito e muito bom ter estas exposições no Dia do Município, e esta em especial por nos lembrar os Homens Bons que existiram no nosso concelho e na nossa terra.!”
- “Bem pensada, bem encontrada, bem respirada. Parabéns!”
Obrigada pela atenção dispensada.








 

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Símbolos - O Busto da República

A imagem da República foi adoptada como símbolo da República Portuguesa, na sequência da implantação do novo regime, a 5 de Outubro de 1910. A imagem da República Portuguesa foi representada de várias formas, seguindo o modelo genérico da Liberdade de Eugéne Delacroix, individualizando-se, apenas, pelas cores vermelha e verde das suas roupas (cores da nova Bandeira Nacional). A partir de 1912, o busto da República, esculpido por Simões de Almeida, torna-se o padrão oficial da imagem da República Portuguesa, sendo usado como efígie nas moedas de escudo e de centavos e colocado nas repartições públicas.
O busto da República passou a ser considerado um dos símbolos nacionais de Portugal, a par do retrato oficial do Presidente da República, do brasão de armas, da bandeira e do hino. Tornou-se obrigatória a existência de uma reprodução do busto da República, em local de destaque, em todos os edifícios públicos.
Entretanto, ao contrário do que aconteceu com os restantes símbolos nacionais, o uso da imagem da República foi caindo em desuso, sendo, hoje, raro.
Fonte:Wikipedia





domingo, 6 de junho de 2010

Manuel Ferreira Martins e Abreu - O "Cavador panfletário"



As comemorações do Dia do Município de Mortágua (13 de Maio de 2010), associando-se ao Centenário da República, evocaram a  acção política e social de seis republicanos mortaguenses com a inauguração da Exposição "Sentir a Terra – Mortágua Republicana”. Durante a Sessão Solene procedeu-se ao lançamento do livro “Os Combates do Cidadão Manuel Ferreira Martins e Abreu", uma edição da Câmara Municipal e da autoria do Prof. Doutor Joaquim Romero Magalhães, que fez a apresentação da obra.
Dados biográficos
Professor, Administrador do Concelho, Escritor e político (1861-1944).
Manuel Ferreira Martins e Abreu nasceu na localidade de Pinheiro, freguesia da Marmeleira, a 15 de Dezembro de 1861. Fez a instrução primária na Marmeleira com o professor Francisco Nunes Cordeiro. Com 11 anos vai para o Porto como aprendiz de uma drogaria. Passou por várias casas do Porto até aos 15 anos. Já adquira o vício da leitura e concebera ambições literárias: se “eu pudesse assimilar aquele estilo, aqueles assuntos variados, profundos, úteis? Tornar-me-ia um sábio, ensinar os ignorantes, castigar os maus (…)” (Inéditos, citado por Joaquim R. Magalhães, ob. cit., p.14).
Em 1881 fez exames em Coimbra do Magistério Primário, obtendo a melhor classificação. “Sem ter recebido favores nem se valer de fraudes – que denuncia.” (ob. cit., p. 15). Pede ao presidente da Câmara de Mortágua para o prover num lugar de mestre-escola, mas nunca lhe foi dado esse lugar por causa das suas convicções políticas.
Em 1884 emigrou para o Brasil para S. Carlos do Pinhal. Neste país foi guarda-livros, administrador de fazendas de café, proprietário de um armazém de materiais de construção e feroz opositor da escravatura dos negros.
Além disso, exerceu, recorrendo a um livro manuscrito por si (o qual esteve exposto na Exposição “Sentir a Terra – Mortágua Republicana”), o professorado em 1885, na localidade de São Carlos do Pinhal, Estado de São Paulo. Publicou artigos no jornal brasileiro Oitavo Distrito.
Em 1888 regressou a Portugal. O seu regresso deveu-se à sua actuação na campanha abolicionista, pois só no Estado de São Paulo havia um milhão de escravos registados como propriedade, que se vendiam, trocavam e até se matavam. Esteve no Porto durante a revolta do 31 de Janeiro de 1891, primeira tentativa de implantação da República, onde terá sido ferido e preso. Não havendo provas da sua culpabilidade, foi libertado quando ia a caminho do Conselho de Guerra, a bordo da corveta “ Sagres” estacionada no Douro.
A sua estada em Portugal fê-lo envolver na política local chegando a ser eleito vereador municipal independente em 1893, recusando-se a conotar-se com qualquer dos partidos monárquicos (Regenerador e Progressista). Como homem revoltado contra as injustiças e a favor dos pobres e desprotegidos, era um revolucionário e panfletário inconformado com a mentira, hipocrisia e prepotência do meio social e político em que vivia, combatendo por uma sociedade mais justa e mais perfeita. As suas ideias e intervenções na vida pública local faziam dele uma figura polémica e incómoda ao status quo, ao ponto de ter feito anular uma eleição local e obrigar a uma nova votação.
Emigrou novamente para o Brasil em 1894, instalando-se na cidade de Cravinhos (Estado de S. Paulo), tendo publicado artigos no Commercio de S. Paulo, “sempre agressivos para o grupo dominante, como seria de esperar.” (ob. cit., pp.27-28).
De regresso do Brasil, em 1903, instala-se na sua terra, na “casita rodeada d’árvores num alto”, a Casa Cimeira e dedica-se ao trabalho nas suas terras. “Labuta no campo durante o dia, leitura e escrita de noite.” (ob. cit., p.29).
Junta-se aos republicanos de Mortágua: Augusto Simões, Albano Lobo, Tomás da Fonseca, Lopes de Oliveira. A sua persistente militância cívica leva o Partido Republicano Português a escolhê-lo para Administrador do Concelho de Mortágua, em 1911. Mortágua era tida como a terra mais republicana da Beira Alta. Faz uma coisa notável, diz Romero de Magalhães – andou pelas freguesias do concelho a fazer propaganda da República, a implementar a obrigatoriedade do Registo Civil. Na tomada de posse do cargo de Administrador do Concelho limitou-se a dizer: “A minha república não é de foguetes, música, vivas ou discursos. Precisamos de obras. Esperai as minhas.” (ob. cit., p.39).
Colabora no Sol Nascente, jornal do Partido Democrático na Marmeleira, dirigido por Basílio Lopes Pereira e Alfredo Fernandes Martins. Esteve ligado à Escola Livre da Irmânia, também na Marmeleira.
No livro Os Combates do Cidadão Manuel Ferreira Martins e Abreu, o Professor Romero de Magalhães sintetiza os principais aspectos da acção cívica deste mortaguense: a luta contra as injustiças; a luta contra o analfabetismo; a promoção da educação, inclusive feminina; a necessidade de discutir as coisas públicas;a  denúncia dos abusos e da corrupção, o combate ao caciquismo; a valorização do trabalho e do cumprimento do serviço público.
Manuel Ferreira Martins e Abreu deixou publicadas as seguintes obras:
- Coisas de Mortágua no ultimo quartel do século XIX offerecido aos homens de Mortágua e ao velho luctador Francisco Cascão. Este folheto dá-se de graça a quem o pedir. Coimbra: Typographia Operaria, 1890.
- Provas das Coisas de Mortágua. Catas a um amigo por Manoel Ferreira Martins e Abreu. Offerecido aos burros de Mortágua para que se façam homens. Editado em Bussaco e Marmeleira de Mortágua por José Joaquim Ferreira Réus – Editor, 1891.
- Política de Campanário e Justiça d`Aldêa (em Mortágua).1893.
- Ajuste de Contas (em Mortágua). S./ l., s. / e., Junho de1894.
Pela Civilização do Brasil. Cravinhos (Estado de S. Paulo), Maio de 1903.
- O meu voto nas próximas eleições. Porto: Typ. A vapor da Empreza Litteraria e typographica, 1906.
- A República da Beira Alta. Porto: Depositária Livraria Chardron, 1913.
- Istoria Contemporânea de Mortágua. Porto: Tipografia Progresso, 1921.
Além destas obras literárias, Martins e Abreu deixou ainda um grande volume de Inéditos que nos relatam acontecimentos e peripécias da sua vida como  Lavrador, Professor, Administrador de Fazendas, Escritor, Jornalista, Autarca e Político. Como lhe chamou Tomás da Fonseca - Um cavador panfletário!
Fontes:
AA VV (2001). Contributos para a Monografia do Concelho de Mortágua. Mortágua: Edição da ADICES e Câmara Municipal de Mortágua.
MAGALHÃES, Joaquim Romero (2010). Os Combates do Cidadão Manuel Ferreira Martins e Abreu. Mortágua: Edição do Município de Mortágua.
http://www.cm-mortagua.pt/modules.php?name=Sections&sop=viewarticle&artid=66

Colóquio "Republicanos de Mortágua"

No dia 4 de Junho de 2010, entre as 8:45 h e as 10:15 h teve lugar no Auditório da Escola Básica 2/3 Dr. José Lopes de Oliveira o Colóquio “Republicanos de Mortágua”, dinamizado pelo Sr. Armando Lopes Simões e pelas professoras de História do 3.º ciclo. Esta actividade integrou-se no âmbito do Programa da Comemoração do Centenário da República na sede do Agrupamento de Escolas e foi destinada aos alunos do 8.º e 9.º ano e a professores.
O colóquio iniciou-se com a apresentação do blogue http://republicamortagua.blogspot.com, pelos seus criadores – professoras de História e quatro alunos do 9.º B, em que foi explicitado o contexto em que ele surgiu e a sua estrutura, tendo o público sido sensibilizado para a sua consulta e participação activa no mesmo.
De seguida, e tendo como pano de fundo conteúdos do blogue, o Sr. Armando Lopes Simões fez uma retrospectiva da acção política e cultural dos republicanos mortaguenses: Augusto Simões de Sousa, Albano Moraes Lobo, José Tomás da Fonseca, Manuel Martins e Abreu, Basílio Lopes Pereira e José Lopes de Oliveira. Deu a conhecer aos alunos obras de carácter literário e político de alguns destas ilustres figuras, mostrou jornais da época – por exemplo, O Mundo, de 5 de Outubro de 1910, o Sol Nascente, de 1912. Por fim, relatou episódios pitorescos da sua convivência pessoal com Tomás da Fonseca e Lopes de Oliveira (seu tio).
O colóquio foi do interesse de todos os participantes. Um Bem-Haja ao Sr. Armando Lopes Simões por partilhar connosco os seus conhecimentos experiência de vida!

O Sr. Armando fala sobre Manuel Martins e Abreu
O Sr. Armando mostra a notícia da implantação da República
 no jornal "O MUNDO"
Alunos do 8.º e 9.º ano assistem ao Colóquio

Dia do Município - Notícias na Imprensa Local

Alunos representam papéis de Republicanos mortaguenses

terça-feira, 1 de junho de 2010

CONCURSO ESCOLAR: A T-SHIRT DO CENTENÁRIO DA REPÚBLICA NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MORTÁGUA

INTRODUÇÃO
O concurso A T-Shirt do Centenário da República no Agrupamento de Escolas de Mortágua é uma iniciativa dos departamentos de Ciências Sociais e Humanas e de Expressões da Escola Básica 2/3 Dr. José Lopes de Oliveira, que visa evocar o Centenário da República e destina-se a premiar os melhores trabalhos, concebidos e elaborados pelos alunos dos 2.º e 3.º ciclos de escolaridade.
1. Objectivos
1.1. Este concurso tem por objectivo final a criação de uma t-shirt original que celebre o Centenário da República no Agrupamento de Escolas de Mortágua.
1.2. O concurso consiste na criação, por todos os alunos das turmas do 2.º e 3.º ciclos de escolaridade, de um desenho alusivo ao Centenário da República.
2. Âmbito do Concurso
2.1.O concurso A T-Shirt do Centenário da República no Agrupamento de Escolas de Mortágua visa seleccionar e premiar ilustrações, comemorativas do Centenário da República.
2.2. Em cada categoria, a que se refere o ponto 3.2, será seleccionada e premiada uma ilustração.
2.3. De entre os dois trabalhos vencedores, será seleccionada a ilustração a ser impressa nas t-shirts.
2.4. As ilustrações a criar podem ter por base os seguintes referentes:
i. Símbolos da República – a bandeira e o hino nacional;
ii. Imagens, frases e nomes de personalidades alusivas aos republicanos do concelho de Mortágua;
iii. Valores e ideais republicanos – cidadania; educação; igualdade; liberdade.
2.5. A ilustração deverá ser realizada com recurso a técnicas de expressão plástica.
2.6. A concepção da ilustração deverá ter em consideração os seguintes pressupostos:
i. Na selecção das cores a utilizar na ilustração, o vermelho e o verde são cores obrigatórias;
ii. Para além da ilustração, a frase “Centenário da República” ,“100 anos da República” ou “República - 1910-2010” tem que constar do trabalho apresentado a concurso;
iii. A T-Shirt comemorativa do Centenário da República irá incluir, obrigatoriamente, o logotipo do Agrupamento de Escolas de Mortágua.
2.7. As ilustrações para a t-shirt comemorativa, da autoria do(s) candidato(s), deverão ser originais e destinam-se, exclusivamente, aos fins do presente concurso.
3. Destinatários
3.1. Este concurso é dirigido a todos os alunos das turmas do 2.º e 3.º ciclos do Agrupamento de Escolas de Mortágua, que concorrem a título individual, sob a orientação dos professores de Educação Visual e Tecnológica, no 2.º ciclo, e de Educação Visual, no 3.º ciclo.
3.2. Para efeitos de candidatura, apreciação e atribuição de prémios, os diferentes níveis de educação e ensino são agrupados do seguinte modo:
Categoria 1 – 2.º ciclo do ensino básico;
Categoria 2 – 3.º ciclo do ensino básico.
4. Critérios de avaliação
4.1. Os trabalhos submetidos a concurso serão avaliados de acordo com os seguintes critérios:
i. Adequação da ilustração ao tema do concurso;
ii. Originalidade e criatividade;
iii. Riqueza e clareza da mensagem visual;
iv. Qualidade técnica e estética.
5. Calendarização
5.1. Início: 12 de Abril de 2010;
5.2. Prazo limite para apresentação das ilustrações: 8 de Junho de 2010.
6. Júri
6.1. O júri de avaliação, em número ímpar, é composto por um elemento da Direcção Executiva, dois elementos do Departamento de Expressões, um elemento do Departamento de Ciências Sociais e Humanas e um elemento do pessoal não docente.
7. Prémios
7.1. As ilustrações premiadas, em cada uma das categorias definidas em 3.2., serão expostas na Escola-sede e divulgadas no site do Agrupamento de Escolas de Mortágua.
7.2. A todos os participantes do concurso serão atribuídos certificados de participação.
7.3. Aos autores dos dois trabalhos premiados serão atribuídos livros.
7.4. A ilustração vencedora, a que se refere o ponto 2.3., será impressa na t-shirt comemorativa do Centenário da República no Agrupamento de Escolas de Mortágua.
7.5. A entrega dos prémios será feita em sessão pública e em local a anunciar posteriormente.
7.6. Aquando da comemoração dos 100 anos da República na sede do Agrupamento, serão distribuídas t-shirts a toda a comunidade escolar.

Organização: Departamentos de Expressões e de Ciências Sociais e Humanas

Concurso "A T-Shirt do Centenário da República no Agrupamento de Escolas de Mortágua

Os alunos elaboram os seus projectos de ilustrações para o Concurso da T-Shirt.